As políticas de incentivo definem as bases que vão guiar suas ações para inspirar os colaboradores da organização. Estamos falando de valores, objetivos e ações.
As políticas de incentivo devem ser elaboradas com cuidado, mantendo um olhar atento aos objetivos da empresa e a construção da cultura organizacional.
Permitir que você entenda essa forte relação entre as duas coisas (objetivos e cultura), é o objetivo neste conteúdo. Aqui você poderá se aprofundar em:
- Conceitos: o que é e como definir políticas de incentivo
- Como fazer: os tipos de programas de incentivos e os cuidados ao se criar um
- Cases de sucesso: com exemplos nacionais
E, é claro, como nós, da Voetur Turismo, podemos te ajudar neste desafio.
O que são políticas de incentivo?
De acordo com Simon Sinek, escritor americano, existem apenas duas maneiras de influenciar o comportamento humano: você pode manipulá-lo ou inspirá-lo.
Como todos os outros processos dentro de uma organização, ações de incentivo também precisam ser coordenadas e monitoradas. Por isso a necessidade de definir políticas claras.
As políticas de incentivo são diretrizes gerais ou princípios estabelecidos pela empresa para motivar ou recompensar seus colaboradores. Elas definem os objetivos de engajamento dos funcionários, os valores da empresa que serão valorizados e a cultura de incentivo almejada.
Para consolidar as políticas de incentivo, é necessário adotar métodos e métricas para organizar cada uma das iniciativas. Estas iniciativas organizadas são chamadas de programas de incentivo.
Os programas de incentivo
Muitos colaboradores permanecem dentro das organizações por benefícios como Plano de Saúde e Gympass. Porém, estar dentro da empresa e abraçar os objetivos dela são coisas diferentes.
De acordo com a Achievers, uma pesquisa da Universidade Cornell apresentou resultados importantes sobre o assunto:
- As recompensas aumentam a motivação dos colaboradores quando são imediatas e vinculadas às metas;
- Empresas que utilizam programas de incentivo obtiveram uma taxa de 79% no cumprimento de metas;
- E podem melhorar o desempenho dos colaboradores em 44%.
É nesse ponto que os programas contidos dentro das políticas de incentivo precisam ir além e serem definidos como parte da estratégia da organização. Não é apenas sobre motivar o colaborador, é sobre encorajá-lo para obter um resultado e um método específico.
As políticas definem quais valores e metas são objetivos da organização, além das regras gerais que irão garantir transparência.
Já os programas definem as ações que serão feitas para incentivar os colaboradores, de acordo com estes objetivos e as métricas.
Cuidados na hora de desenvolver políticas de incentivo
Na hora de esboçar os programas e as políticas de incentivo de sua organização, é necessária a atenção com três pontos estratégicos:
- Ter em mente os objetivos da organização;
- Como cada equipe contribuirá;
- Os aspectos jurídicos.
Qual a visão sobre o futuro da empresa? Quais valores ela defende? De qual maneira os objetivos estão alinhados a esta visão e valores? E, por fim, com quais ações podemos incentivar nossos colaboradores nesta direção?
É preciso seguir com cuidado, pois processos de premiação mal coordenados, ou mal monitorados, podem levar a casos de discriminação ou até mesmo litígios trabalhistas — falhas na condução das premiações permitem que sejam considerados para cálculos salariais, por exemplo.
Como garantir o engajamento dos colaboradores com seu programa de incentivo?
Ter um programa de incentivo não garante respeito ou adesão. Para garantir este engajamento dos colaboradores, o programa deve apresentar:
- Objetivo claro: qual meta a empresa busca e como cada colaborador pode contribuir?
- Métricas: como acompanhar o desempenho de cada um?
É neste momento de definição das políticas de incentivo que o compliance vem à tona!
Se a empresa não criar meios justos e transparentes de recompensar os seus colaboradores, o programa de incentivo poderá ter o efeito contrário: atritos na equipe e desconfiança com a organização.
Exemplos de programas de incentivo
Incentivos financeiros
É o tipo de incentivo mais comum, ele estar na forma de:
- Recompensas imediatas no cumprimento de metas;
- Prêmios periódicos para os melhores colaboradores;
- Salários variáveis alinhados ao cumprimento de objetivos ou critérios.
A Ambev (gigante do setor de bebidas) usou incentivos financeiros para fomentar suas estratégias ESG. Toda a alta liderança da companhia teve sua renda variável ligada às metas ESG.
Mas atenção: nem sempre oferecer recompensas em dinheiro é o melhor caminho dentro das suas políticas de incentivo. Entre várias razões que pesam contra, estão:
- O peso no orçamento: as recompensas que verdadeiramente motivam colaboradores são aquelas que estão ao menos 10 ou 12% acima do salário;
- Gera ambientes tóxicos: a possibilidade de “não receber o bônus” ser entendida como punição gera pressão por resultados, em detrimento da transparência ou trabalho em equipe;
- E o foco em efeitos quantitativos: como fazer mais ou fazer mais rápido, deixando a eficiência e qualidade em segundo plano.
Redobre os cuidados na criação de métricas, métodos de acompanhamento e criação dos objetivos abraçados com incentivos financeiros. Priorize objetivos facilmente quantificáveis e temporários que caibam dentro da realidade de seu negócio.
Estratégias para reconhecimento de funcionários também pode fazer parte de suas políticas de incentivo
Pode parecer antiquado ou exagerado, porém, o reconhecimento deve fazer parte da cultura da empresa. Critique em particular e elogie em público, como diria o educador e orador americano Dale Carnegie.
Quase na mesma direção temos o exemplo da NetApp. O CEO, Tom Mendoza, mantém uma lista de funcionários que se destacaram — as dicas vêm de seu grupo de gerentes — e liga para ao menos 10 deles todos os dias para agradecê-los.
Educação como recompensa
A principal vantagem deste programa em suas políticas de incentivo é a de localizar e desenvolver novos talentos na organização.
Mas são necessários alguns cuidados:
- Não é uma recompensa que atrai todos os tipos de colaboradores;
- Deve ser personalizável para atender os interesses dos colaboradores e, ao mesmo tempo, estar num rol de conhecimentos relevantes para a empresa.
O ideal é que a experiência aconteça fora da empresa ou longe de sua área de trabalho. Exemplos são cursos presenciais, workshops, certificações, assinaturas de serviços de educação on-line ou até mesmo mentorias com líderes do alto escalão da empresa.
As viagens de incentivo
As viagens de incentivo são um dos programas que mais se destacam nas políticas de incentivo de grandes empresas.
A BBC Worklife publicou recentemente uma matéria sobre o crescimento de empresas que pagam viagens de férias aos seus funcionários. Entre os exemplos estão a Calendly e a Bamboo HR, que oferecem bolsas anuais para uso em hotéis, voos e mobilidade a cada um de seus funcionários.
Aqui no Brasil, muitas empresas concedem as viagens como premiação por bons resultados. Um exemplo é O Boticário, que já premiou seus melhores distribuidores com viagens para Cancún.
Sendo parte dos benefícios ou prêmios pontuais, as viagens são prêmios memoráveis. Fornecem uma rara oportunidade, a de melhoria do elo entre colaborador e empresa. Por isso, muitas empresas incluem as viagens como parte das ações de bem-estar e cuidado com os colaboradores.
Líderes podem auxiliar seus liderados desde a escolha de um bom destino, reservas dos hotéis e a segurança deles durante a viagem. É uma forte demonstração de que estão preocupados tanto em reconhecê-los, quanto em garantir seu bem-estar.
As políticas de incentivo são criadas com foco nos objetivos e aspectos jurídicos. A partir disso, e na forma de programas, podem se transformar em bônus, ações de reconhecimento, prêmios educacionais e viagens de incentivo.
A viagem de incentivo é memorável e permite criar um elo de confiança entre o colaborador e a empresa, melhorando o desempenho e a retenção de talentos a longo prazo.
Mas como gerenciar uma viagem de incentivo, abordando estes aspectos legais, os custos e os serviços necessários?
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